"Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o teu Deus, estará com você por onde você andar."
Josué 1:9


Atividade professores


Objetivos:

  •  Identificar características gerais da cultura contemporânea altamente tecnificada, também reconhecida como cibercultura ou cultura das redes. 
  • Reconhecer e aprender a valorizar as aprendizagens que os jovens realizam nos ambientes de mídia social.
  • Reconhecer a importância da socialização e construção de subjetividade que ocorre nas comunidades online.
  • Compreender o potencial de desenvolvimento criativo das novas tecnologias especialmente na dimensão de produção de mídias. 
  • Avançar na exploração das possiilidades educativas das mídias sociais. 

É provável que você já tenha ouvido falar de teorização acerca das gerações baby boomer, x, y e z?
Vocês podem encontrar material explicativo sobre o assunto no You Tube (Geração Y - Jornal da Globo - Parte 1, 2, 3, 4 e 5) 

Há diversos textos e teorizações apontando comportamentos e características socioculturais que as diferenciam. 

Cabe salientar que a realidade de acesso às tecnologias e oportunidades de aprendizagens é bastante desigual. Esse tema será abordado em maior profundidade na última Unidade deste módulo de estudos. 
Santaella (2008) comenta o processo de complexificação das mudanças sociais, com a integração e hibridização de tecnologias: 
“[...] não custa repetir que os distintos tipos de mídias e as eras culturais que conformam são inseparáveis das formas de socialização que são capazes de criar, de modo que o advento de cada nova mídia traz consigo um ciclo cultural que lhe é próprio e fica impregnado de todas as contradições que caracterizam o modo de produção econômica e as consequentes injunções políticas em que tal ciclo cultural toma corpo. Considerando-se que as mídias são conformadoras de novos ambientes sociais, pode-se assim estudar sociedades cuja cultura se molda pela oralidade, então pela escrita, mais tarde pela explosão da cultura de massas, e assim por diante. Entretanto o fator mais importante para se compreender a complexidade da cultura contemporânea encontra-se no caldeirão de misturas e hibridizações que a caracteriza” (SANTAELLA, 2008, p. 30, grifo nosso).
Ao tomar consciência desse processo de misturas e integração de diferentes gerações tecnológicas, fica evidente a complexidade das formações culturais dos nossos tempos. É certamente um período revolucionário e de prolongada crise, como já foi destacado (SANTOS, 2010). Mas essa mesma complexidade, que é fator da crise, é também uma aliada para a sua solução, pois é da hibridização cultural que nasce: 
“[...] felizmente – a possibilidade, cada vez mais frequente, de uma revanche da cultura popular sobre a cultura de massa, quando, por exemplo, ela se difunde mediante o uso dos instrumentos que na origem são próprios da cultura de massas. Nesse caso, a cultura popular exerce sua qualidade de discurso dos “de baixo”, pondo em relevo o cotidiano dos pobres, das minorias, dos excluídos, por meio da exaltação da vida de todos os dias” (SANTOS, 2010, p. 144). 
 Por isso, propomos uma atividade para você realizar. 

Debatam estratégias dinâmicas e criativas para realizar uma aula que contemple as diferentes gerações. 
Questões para a discussão:
a. Como percebem as diferenças socioculturais entre gerações? Quais benefícios e problemas vislumbram na sociedade contemporânea? Quais aspectos lhes inquietam?  Eles se sentem integrantes desse movimento?
Criem uma atividade e coloquem em prática.
Por fim (ou, talvez, novamente!), avaliem as aprendizagens resultantes do trabalho: 
• O que aprenderam de mais significativo? Conteúdos e habilidades foram construídos? • Quais problemáticas levantadas poderiam ser tema de pesquisas e aprofundamentos? • Qual a diferença entre apresentar um trabalho de forma presencial e online? Busque refletir sobre os benefícios e as limitações de cada formato e como eles se complementam. Por exemplo: ao realizar uma exposição presencial, o retorno do público envolve manifestações físicas (gestos, expressões faciais). As pessoas que participam, em geral, são conhecidas e amigáveis, pois integram a comunidade local. Esses momentos costumam ser motivo de celebração e integração da comunidade. Por outro lado, na Internet, é possível divulgar o trabalho globalmente. Os comentários ao trabalho podem ser os mais diversos, visto que em espaços abertos, normalmente não há um vínculo de amizade envolvido. Contudo, esse retorno provavelmente será diferente para postagens em redes sociais.
 Ao final do encontro, cada cursista deve ter um planejamento de ações a serem realizadas com seus estudantes. Salientamos que o trabalho pode ser realizado de forma coletiva, envolvendo outro colega professor.
Agora é hora colocar a “mão na massa” para concretizar seu planejamento. Boa sorte! 
Para Refletir
 Uma provocação! Estamos aqui em um ambiente virtual, não é mesmo? E qual é o maior diferencial desses ambientes? Não é, justamente, a capacidade de amplificar nossa rede de possíveis contatos e interações? O que reque, alerta Anísio Teixeira (2004), que qualifiquemos nossa capacidade comunicativa, pois “cada meio novo de comunicação alarga o espaço dentro do qual vive o homem e torna mais impessoal a comunicação. Exigindo, em rigor, do cérebro humano compreensão mais delicada do valor, do significado e das circunstâncias em que a nova comunicação lhe é feita” (TEIXEIRA, 2004, p. 144). 
Então, que tal começarmos a exercitar mais profundamente essas nossas capacidades? 
A provocação, então, é: Realizar essa atividade/projeto não apenas com os alunos da sua escola, mas estabelecendo uma interlocução com os estudantes de outro professor, que seja de outra escola e, de preferência, de outra cidade. Não seria muito bacana termos alunos de grandes cidades conversando com estudantes de escolas rurais, gente de escolas particulares conversando e interagindo com a rapaziada da periferia, e assim por diante? Estaríamos, assim, aumentando a fervura do grande caldeirão cultural que é essa nossa imensa nação, e derrubando as barreiras dos preconceitos e dos estranhamentos que não nos permitem a construção de uma verdadeira e nova cultura digital popular. Lembre-se de registrar o trabalho realizado e, como de costume, publicá-lo em seu blog e demais instrumentos de partilha. O empenho nessa contribuição é essencial para potencializar suas aprendizagens e partilhar saberes. Enfim, as conclusões os resultados serão diversas, dependendo da forma como o trabalho ocorreu em cada turma, em cada parceria. Aproveitem ao máximo as percep- ções que surgirem e talvez vocês decidam iniciar um projeto mais amplo, contemplando novas aprendizagens! 
 Legal, pois provavelmente isso lhe instigou a avançar nos estudos por aqui! Aprofundaremos as reflexões sobre redes sociais mais adiante. 



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